Qual a importância da afetividade para a criança na escola?

Afetividade na escola

A afetividade é, durante toda a infância, um dos principais vetores do desenvolvimento da criança, tanto psicológico como cognitivo e social. É uma das necessidades que requer mais atenção e deve ser suprida para garantir a sobrevivência, vivência e convivência humanas.

Há no ser humano uma dimensão intelectual que se dá em uma racionalidade imposta que justifica os atos pela razão e deixa de lado as emoções, a sociedade valoriza a potencialidade de produção, mas esconde e ignora o aspecto emocional e afetivo.

O encontro afetivo entre adulto e criança faz com que ela se sinta completa emocionalmente e estimula seu percurso acerca da maturidade completa, dependendo de sua qualidade, tornando-a construtiva para si e para o ambiente ao seu redor.

Atualmente, existe um número crescente de crianças que sofrem de carência e apresentam um atraso simultâneo no desenvolvimento de funções básicas e necessárias, além de falta de socialização e comunicação falha. Tudo isso é causado por:

  • Fracasso em desenvolver relacionamentos;
  • Falta de reciprocidade social ou emocional;
  • Atraso ou ausência de linguagem falada;
  • Fracasso em iniciar e/ou manter uma conversa;
  • Uso estereotipado e repetitivo da linguagem;
  • Ausência de jogos variados de faz-de-conta;
  • Padrões repetitivos de comportamento: maneirismos.

Essas falhas no desenvolvimento social podem ser agravadas com a presença de transtornos invasivos, tais como o autismo, a síndrome de Asperger, síndrome de Heller, transtornos globais do desenvolvimento sem outras especificações (autismo atípico), que são diagnósticos cada vez mais frequentes nos dias de hoje.

O melhor caminho para pais, professores e adultos que sejam responsáveis no desenvolvimento da criança é a observação, o acompanhamento e o permanente contato afetivo com o filho ou aluno, para que assim a detecção de possíveis distúrbios seja mais fácil, é necessário então desenvolver uma sensibilidade aguçada para entender as pequenas mudanças no comportamento, como por exemplo, o excesso ou ausência de fala, medo de vínculos ou grupos sociais, aumento de comportamentos agressivos, timidez excessiva ou insegurança por parte da criança.

Essas alterações podem também estar acompanhadas de outras que são mais fáceis de serem percebidas, mais sutis, acontecendo nas áreas do sono, alimentação e outras. Além disso, também existem comportamentos físicos que podem servir de base para o diagnóstico, como dores de cabeça, dores de barriga, o aparecimento de tiques, roer unhas, piscar frequente de olhos, gestos repetitivos, etc.

Os elementos afetivos e emocionais são indispensáveis, pois, há uma necessidade crescente de o professor construir com o aluno um espaço relacional vivenciado, favorecendo a aquisição dos conhecimentos necessários e da construção da personalidade. Não basta apenas educar para afetividade, e sim educar na afetividade. A educação tradicional privilegia a razão em detrimento da emoção, mas para o educador consciente, toda ação se torna uma ação para transformação.

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