Foi-se o tempo em que as crianças precisavam utilizar, muito mais, a criatividade, para criar brincadeiras e passatempos que as divertissem, durante o dia.
A infância atual está equipada com traquitanas eletrônicas para todos os gostos e idades, que são introduzidos, à elas, cada vez mais cedo. Em comum, os novos “brinquedos” de gente grande carregam o fato de que não exigem, tanto, da criatividade e da espontaneidade delas para funcionarem ou, mesmo, agradarem. Tudo já vem pronto e, devidamente, mastigado.
Claro que sabemos da sua importância educativa e em outros aspectos, como o raciocínio rápido, o uso da lógica, da coordenação mental e, por que não, motora, para tomar decisões, em segundos e, assim, permanecer, um pouco mais, no “controle” da situação. Mas, em determinado momento, vem a pergunta que pais e adultos de outrora devem se fazer, quando olham para essa avalanche tecnológica que cerca os pequenos de hoje: onde foi parar o contato? Não aquele via satélite, fibra ótica, ou qualquer que seja o meio utilizado, hoje em dia. Muito menos, aquele via dedos, que clicam, sem parar, numa tela de vidro, como se amizades e diversão fossem criados por lá e, por lá, devam ser cultivados. Mas aquele contato físico, de olho no olho, mãos dadas e, de vez em quando, até, com algumas brigas. Aquele que criava laços e ensinava como se comportar, na presença de um novo amigo. Onde foram parar as amarelinhas, bolinhas de gude, peão e pipas?
Mesmo nessa era tecnológica, em que vivemos, é muito positivo estimular crianças a brincar livremente e participar de atividades que eduquem e ensinem. Não custa nada, de vez em quando tirá-las da frente dos aparelhos eletrônicos e apresentar novas formas de aproveitar o tempo livre, motivando elas a se divertirem de outras maneiras.