Com o enorme avanço tecnológico dos últimos anos, a exposição infantil a aparelhos eletrônicos (smartphones, tablets, notebooks e pcs) se tornou cada vez mais frequente e sem precedentes.
Essa nova realidade afeta diretamente o desenvolvimento cognitivo e emocional da criança, tendo como resultado efeitos colaterais não agradáveis ao seu progresso e crescimento.
Existem muitos casos em que a tecnologia é aliada dos educadores, trazendo novas vivências para a criança, aprendendo o que tais instrumentos trazem consigo ajuda no desenvolvimento cognitivo. Tal interação faz parte da cultura atual, não devendo ser evitada, entretanto, o ideal é que se estabeleçam limites, evitando o excesso ou deslocamento de intenção. O computador não deve ser oferecido de maneira contínua, e sim equilibrada. É necessária a criação de espaços e momentos de participação das crianças no círculo familiar e social, oferecendo oportunidades que sejam mais intuitivas e interessantes que a tela do computador:
- Jogos que exijam atividade física;
- Jogos que exercitem o intelecto;
- Jogos que promovam a socialização;
Comportamento social
O bom envolvimento da criança com o social depende de um conjunto de elementos da natureza cultural:
- Origem da família;
- Situação socioeconômica;
- Crenças e práticas religiosas;
- Qualidade dos vínculos familiares;
- Qualidade do ensino;
Quando há uma ruptura desses aspectos, o fator tecnológico pode influenciar a não convivência com o mundo exterior e serve como alerta aos pais “dizendo” que a criança necessita de mais interação. Isso evita a “terceirização” da educação familiar aos aparelhos eletrônicos, o que pode ser prático, mas não é saudável, causando problemas como déficit de atenção, autismo, psicose, atrasos cognitivos e de aprendizagem, aumento de impulsividade e da auto-regulação: as famosas birras.
Esse tipo de exposição prolongada os expõe ao risco de desligamento do convívio social, provocando um afastamento da realidade permanente, fazendo com que aquela criança seja incapaz de lidar com o ócio. Há também a possibilidade de perda de criatividade e redução da capacidade de concentração, a chamada “Síndrome de Demência Digital”, que já tem sido estudada e relatada em crianças em idade escolar até os 12 anos de idade. O importante para o desenvolvimento nessa fase é o movimento, o toque, a conexão e contato com a natureza. Brincar ao ar livre acaba se tornando a melhor alternativa para uma infância saudável e completa.
O simples ato de ir brincar em um Playground estimula a criatividade, o esforço físico capaz de ajudar na memorização de movimentos, a interação e o incitamento a novas amizades, expondo a criança a variadas situações sociais que a prepararão para um futuro muito mais feliz.